Actualmente existem diversos recursos e ferramentas que facilitam e incrementam os três variáveis supra, a saber, chats, fóruns, etc., a nível do diálogo; descrição online do curso, testes online, fórum flexível … na estrutura e fóruns, agenda pessoal, ferramentas cognitivas, etc., na autonomia do aluno. Daqui conclui-se que a Distância Transaccional depende tanto dos moldes e organização do curso como da tecnologia disponível que, também, determinam a natureza, grau e nível do diálogo e a própria estrutura. De acordo com o Dr. António Quintas-Mendes, professor da unidade curricular Educação e Internet do 2.º ano da Licenciatura em Educação da UAb, “A teoria da distância transaccional postula que, para todas as actividades educativas, a distância é um fenómeno pedagógico, psicológico e comunicacional em vez de ser apenas um fenómeno físico. Isto implica que o que é interessante para os que estão implicados numa relação educacional não é a separação física ou temporal, mas a relação da comunicação/interacção com a estrutura e organização do curso.” Facilitar/possibilitar a construção de conhecimento, além de fornecer conteúdos e emitir diplomas é, também, toda a “máquina” de planear, implementar e concretizar o projecto educativo, que, inevitavelmente envolve interacções/relações interpessoais e dos indivíduos com os próprios conteúdos. Assim, o ensino/aprendizagem a distância, no que concerne aos conteúdos terá, sempre, que considerar a distância professor/aluno. Todas as etapas, instruções fornecidas, actividades propostas, feedback, entre outras, são indispensáveis, quando claras e atempadamente fornecidas, para a construção do conhecimento e, todas elas, obrigam a uma planificação e a um timing meticulosos, no entanto flexíveis, de forma a privilegiar e incitar à participação dos estudantes o envolvimento dos estudantes. É, pelo exposto, irrefutável a supremacia do elemento comunicação que em parceria com a preocupação sobre os diferentes estilos de aprendizagem, logo com a estruturação e formas dos conteúdos a ministrar, incidem, influenciando a autonomia, motivação e participação de cada um e, portanto, definindo a Distância Transaccional.
novembro 16, 2008
Distância Transaccional
Gerações de EaD - adaptação da 1ª parte do e-fólio A de Educação Aberta e a Distância
Referências consultadas:
Moran, José Manuel, (2002), O que é educação a distancia, Rio de Janeiro www.eca.usp.br/prof/moran http://www.administradores.com.br/artigos/ensino_a_distancia_surgimento_de_uma_nova_perspectiva_educaional/13826/
Professor na EaD - Interacções e papéis - Presença e Próximidade
outubro 15, 2008
Educação a distââââââância
No âmbito da Educação, entenda-se ensino/aprendizagem, o conceito generalizado é que esta não é concebível sem a presença dos indivíduos nela envolvidos, i.e., sem a presença dos protagonistas. O “normal” é o que se constata no ensino “convencional”, ou seja, existe a presença física de professores e alunos que partilham o mesmo espaço e tempo. No entanto, o desenfreado avanço das tecnologias de informação e comunicação, falo de informação e comunicação virtual, possibilita, também, à Educação grandes saltos evolutivos. Assim, tal como a comunicação, também, a Educação se desenvolve virtualmente! A Educação também o é à distância, logo, o teor do termo presencialidade adquire novos contornos passando alunos e professores a terem a possibilidade de, de forma síncrona ou assíncrona e estando fisicamente ausentes, estarem conectados pelas tecnologias. Esta forma de ensino/aprendizagem fomenta, ainda, a interacção entre vários outros intervenientes surgindo, assim, as comunidades virtuais/online de aprendizagem.
outubro 14, 2008
Processo de Implantação/Funcionamento da Comunidade Virtual (ver imagem ampliada)
- Interacções entre professores multiplicam;
- Professor passa a facilitador/mentor;
- Acesso a recursos expande-se significativamente;
- Aluno mais independentes;
- Alunos participantes activos com discussões mais substanciais;
- Acesso aos professores passa a ser directo e igualitário;
- Educação centrada no aluno cuja aprendizagem é ao seu ritmo;
- Ensino/aprendizagem são colaborativos;
- Oportunidades iguais e interacções de grupo estudante/estudante aumentam de forma significativa;
- Sala de aula torna-se global;
- Esbate-se a hierarquia professor-aluno
- (...)
Ensino/Aprendizagem online na educação superior
۩ Interacção aluno – conteúdo;
۩ Interacção aluno – instrutor;
۩ Interacção aluno – aluno.
A estas, Hilman e seus colegas, em 1994, acrescentaram um quarto tipo:
۩ Interacção aluno-interface.
A interacção tem sido usada para descortinar os mecanismos de construção de conhecimento dos estudantes em ensino à distância. Modelo de codificação para a interacção online em cinco fases de construção de conhecimento (Gunawardena e colegas, 1998):
(…)
Presença social - de acordo com Short e al (1976) é “o grau de saliência de outra pessoa numa interacção e a consequente saliência de um relacionamento interpessoal” (p.65). Para eles a proximidade e a intimidade são elementos da presença social. Nela a intimidade é determinada por respostas pessoais como sorrisos e contacto visual, e a proximidade por interacções verbais e não verbais como colocar questões, responder às solicitações ou reagir a observações. A presença social é um factor tanto do meio como dos participantes. Através de investigação do conceito de presença social conclui-se que é provável que esta seja um factor importante para a aprendizagem e satisfação dos estudantes em cursos à distância. No entanto, não é clara a forma como ela provoca impactos na aprendizagem sendo, contudo, possível que existam níveis de presença social que dependam do tamanho ou intencionalidade da turma, da natureza do conteúdo ou de outros factores. A construção da presença cognitiva é uma interessante extensão da construção anterior com aliciantes possibilidades de descoberta da forma como os alunos aprendem em aulas online.